Aqui eu inicio a apresentação de uma estória que vem sendo escrita por mim há algum tempo, e como todo autor, quero compartilhar esse universo criado em minha mente, e essa jornada com vocês, espero que gostem. Amanhã retornarei, com mais um assunto. Abraços
Prólogo - 300 anos atrás
"Num mundo desesperançoso, a humanidade se depara com antigas esperanças...
... mas, tudo estará bem, desdequeDeusnão se confunda com o homem. "
Era uma noitelímpidacomoumlago de vida, porém parecia que a luacheia daquela noite estava tingida de trevas e sangue. Sobesseesplendorosoluaralguémou alguma coisa corria desesperadamente pelanevedensaque ocultava o soloirregular, fora as árvores retorcidas que emaranhavam o caminhoparadentro do que aparentava ser uma florestaumtantosombria. -Peguem-no! - diz uma vozrouca, quase gutural - Ele está escapando para a floresta!! E está ferido!! Será fácil pegá-lo!!!
-Mas senhor, - diz outra voz - ele é umoponenteterrível, tantoquejános causou várias baixas...
O jovemrapaz, utilizava uma tradicional veste japonesa do período feudal, carregando suaespada nas mãos trêmulas quase a derrubando, seuspés afundando na nevefofa.
O homem a suafrente, parecia medirdoismetros de altura, de olhospenetrantes, provando suabravura e o seuestiloarrogante e presunçoso, emanava de seucorpo uma aura de morteque intimidaria qualquerum daqueles q se atrevessem a desafiá-lo paraumduelo.
-SILÊNCIO!!! - diz rispidamente - Não me diga o quefazer!!! Ele teve a ousadia de roubar aquela espada e comela assassinou muitos de meussubordinados!!! Temos querecuperar a espadasagrada o maisrápidopossívelqueele ousou roubarmesmoqueisso custe as nossas vid*...! - sua voz, assimcomo a luz da lua é cessada repentinamentecomo se fossem arrastados paraumespaçoatemporal. Umventosilencioso se tornara o únicoruídoque ocorria naquele lugar, quando as nuvens começavam a se retirar de cima da enormeárea assombrando aquelesmais de trinta homensalipresentes: o beloluar resplandecia na lâminanegraque refletia o rostoinerte do lídercom uma expressãomórbida de terror sufocando o gritoenquanto se afogava emseuprópriosangueque se esvaia junto de suavidaporentreseusdedos, o qual, num inútilesforço, tentou segurar a lâminaque trespassava seupescoço, atéquenãoresistirmais e desabarinerte na neve. Todos observam a cenacompletamenteperplexosdevido à tremendacapacidadefurtiva dele em se aproximar. Eraumhomemclaro, compossíveis dezessete anos, cabelosnegrossujos da poeira e sangue acumulados, olhosnegroscomo o leito de umrio à noite, trajava roupas esfarrapadas devido à perseguição, queoutroraforaumbelo kimono, semcontar as feridaspelocorpo. Emsuasmãos repousava uma belíssima katana de lâminanegracomo o universo, que resplandecia com o sangue de suamaisrecentevítima.
Os homensqueali estavam, começaram a recuar, quando de repente uma voz se fez ouviremmeioaquelesilêncio:
-Já vãofugir do inimigo, covardes?!? - a vozque ecoou erasutil e continha resquícios de frieza, mas causou uma mudança no assassino, como se lhe fosse familiar - Umguerreirojamaisabandona a batalha, não importa a quão esta lhe pareça perdida!! ...
... não é... Setsuna.
O desdémcom o qualele falava causava umturbilhão de emoçõesnoshomensalipresentes. -O que houve? O que fazem aí parados? Poracaso, além de covardes, vocêssãosurdos?
O estranho parecia terrelativapressaemrelação à morte de Setsuna. -S... Se é assim... porque o senhormesmonão o faz?
Se aquelehomem soubesse comquem estava falando, talvez tivesse a chance, emboraremota, de morrermenosdolorosamente. Mesmo o hábil daqueles homensnão conseguiria escapar daquele ataque, excetotalvez, Setsuna, que viu o indivíduosair de onde se encontrava a pelomenos15 metros de distância, correndo tão rapidamente, queseucorpo parecia deitar no solodevido ao potenteimpulso de suaspernas, que o davam uma agilidade sobre-humana, com a qualele retirou a espada da bainha de um dos homensmaispróximos, e comumsaltomortal cravou-a na altura da clavícula do alvo, fazendo-o urrar de dor, caindo logoemseguidasobre a nevealva. -É... é I... Ib... Ibuki!! - um dos homens murmurou ao fundo. -É elemesmo! - disseram outrosdois, seguidos de várioscomentáriosentreelesenquanto notavam queele se erguia, mostrando serbemalto, de cabelos acinzentados comtons de branco, belos e compridos, com olhos de umvermelhoquasesádico, trajado comum belíssimo kimono brancoemcima e vermelhoembaixo, além de sua katana embainhada na cintura. -Alguém mais?? - sibilou friamente Ibuki, fazendo comquetodos os presentes avançassem comoque impelidos a não desobedecer, paranãodizerque foi pormedo.
O que se seguiu apósnão pode ser descrito empalavrasmais sutis do que carnificina, pois foi exatamente o que houve porsobreaquelesbeloscampos nevados. Tamanha a quantidade de sangue derramado ali, que aos olhos daqueles homens, o céu parecia ter se tingido de vermelho
Ao término de tudo, o jovem Setsuna, vitorioso, se ergue e começa a avançaremmeio ao tapete de corpos e vísceras humanas emdireção ao último de seus perseguidores que jazia aterrorizado ante uma chacina de tamanhafrieza e proporção. Suasvestes se encontravam encharcadas devido à urina conseqüente do medo, e quando tentava emvão se afastar a passostrôpegoseisque uma adagalhe atinge pelas costas tomando suavida.
Nisso, Setsuna ouve umbater de palmas e ao olharmaisadianteseusolhos se enchem de fúria e ódio.
-Meus parabéns... Setsuna. - diz a imponente, porémbelavozmasculina de Ibuki que se desvencilhara de suavítima.
.........
Silencio. Nada se movia naquele instante,como se todaespécie de movimento houvesse sumido, atémesmo a vida e a morte pareciam ter cessado seusprocessos, o que se passou emalgunssegundoseracomo se fossem horas de tensão e nervosismo. Atéque uma levebrisa da madrugada fez a gotícula de suorfrioescorrerpelorosto de Setsuna que fixava seusolhos na figura prostrada emsuafrente.
Ibuki eraumbeloexemplar de comoumhomem pode apresentarformasquase perfeitas de músculossem o menorexagerooumarca. -I... I-IBUKI!!! - suavoz parecia temerosa ao sair - O quevocê faz aqui??
-Ora Setsuna, issosãomodos de receberumamigo? - suavoz condizia comsuaaparênciasublime, dando-lhe uma nobreza aindamaior do que aparentava - Eusó vim aquipararecuperar a espadanegraquevocê roubou. Mas veja comovocê está...
-Isso não importa, nemvocê vai meimpediragora!!! Com a espadaem riste, Setsuna se preparaparaduelar. -Oh, entãoaindalhe restam forças nesse corpo maltratado pela perseguição?? E achaque essa ínfimaresistência vai sercapaz de medeter? Meujovem e inexperiente Setsuna... Seutomsereno se tornava quase uma zombaria. -Então queassim seja! - porumbreveinstantesuavoz encorpara umpoucomais - Vamos ver o quevocêainda pode fazer nesse estado. Comespadasempunho, ambos se lançam no embateumcontra o outro e atacam.
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