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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Cinema - O que assistir? III

Passei algum tempo sem postar, mas cá estou de volta pra falar sobre um dos maiores sucessos de bilheteria da história do Cinema, Avatar.
Aposto que qualquer um que ler essa matéria terá assistido ao filme dirigido pelo renomado James Cameron, que também trabalhou em Jurassic Park, Exterminador do Futuro e Rambo, só pra citar os mais influentes e em todos seu trabalho de direção foi impressionante, cativando todo elenco além do público é claro.
Mas é óbvio que nem tudo são flores heheh e mesmo o Avatar sendo uma obra de arte no que diz respeito ao trabalho das câmeras, aos efeitos especiais brilhantes que nos levaram ao novo e belíssimo mundo dos Na'Vi, sem contar o visual das máquinas humanóides a là Matrix (que abordarei em breve) sem contar com os vôos surreais nos Banshees que são de arrepiar e o impacto causado pelo 3D que nos faz ter um contato diferente à película. Mas, as coisas param por aí. O roteiro, que eu sinceramente acredito ser o calcanhar de aquiles do cinema contemporâneo novamente foi fraco. Muitos vão ler isso e dizer, "tá doido".
Mas não estou.
É a mais pura verdade que existem muitas historinhas sendo contadas hoje em dia no cinema hollywoodiano, no entanto existem poucos filmes de verdade e quando digo filmes de verdade, digo roteiros originais, inteligentes, que nos façam refletir de maneira diferente ao que estamos acostumados, ou melhor, condicionados, afinal, quem pode dizer que um filme é realmente bom até vê-lo?
Teoricamente ninguém, mas o que vemos por aí ao nos depararmos com um novo trailer nas telonas são várias pessoas que dizem ao ver um trailer: "Caraca, que filme show!!! Você viu aquela capotagem! E o gráfico?? Muito ****!!! Tô doido pra ver esse filme!!!"
Mas nos esquecemos de lembrar que um trailer nada mais é do que uma sinopse, ou seja, um resumo de praticamente tudo o que vai acontecer de mais importante no filme. E isso inclui aquela sequência de tiros alucinantes, ou aquela perseguição frenética na estrada seguida de uma capotagem, ou quem sabe, aquela atriz super gostosa que aparece com uma roupa sexy numa cena provocante. Uma cena de declaração de amor comovente e pra finalizar, aquela frase de efeito que praticamente é ou será a marca registrada do filme.
Isso se chama Marketing Publicitário e todos nós constantemente nos vemos presos a ele sem nem sequer perceber, sendo manipulados pelo nosso consumismo desenfreado que nos leva a procurar essas sessões pipoca como uma maneira de extravasar o stress da semana (tá, eu sei que isso funciona, e desestressa, rsrs).
Mas acabamos nos deparando com algo como alguém que é apresentado a uma nova espécie, cultura, criatura que antes era somente motivo de exploração dos homens e que para o(a) protagonista acaba se mostrando em toda sua magnificência cativando-o(a) assim como a nós que estamos assistindo, fazendo com que ele(a) se volte contra os humanos corruptos que só estão buscando o que sempre buscaram, desenvolvimento, não importando os meios ou os custos, mesmo que seja a extinção daquelas criaturas as quais o(a) personagem, e nós, nos afeiçoamos tanto ao ponto de se criar uma guerra entre as espécies, causando mortes aos montes no melhor estilo Coração Valente, para no fim, após eliminar o grande vilão, o(a) personagem ficar quase morto para ser salvo e integrado completamente a essa nova espécie concluindo, e resumindo assim as longas 2 horas e 40 minutos que gastamos à frente da telona.
Ok, ok tivemos momentos muito interessantes, e ainda assim, empolgantes, mas que não surpreendem e nem trazem nada de novo. Por exemplo a situação mais absurda do filme é quando Tsu'Tey, o noivo de Neytiri, fica revoltado ao saber da relação dela com o Jake que passou a se chamar Pa'el, acho, e os dois acabam brigando. No entanto, menos de 20 minutos depois a situação já havia se estabilizado e pra piorar durante a guerra contra os humanos, Tsu'Tey age como se fosse o melhor amigo de Jake e simplesmente passa uma borracha (das boas, por sinal) no que aconteceu.
Mas enfim, no geral o filme é uma ótima sessão pipoca e vai encantar as crianças, os jovens, que ainda estão amadurecendo e aos adultos que preferem ficar com a rotina do que procurar algo novo.
Até a próxima!

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