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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dança, Música e Ritmos - XII

Voltando a falar de dança como sempre, e depois de um hiato nas postagens deveras longo demais, retorno eu para falar (e esclarecer) sobre alguns ritmos nos quais muitos, para não dizer mais de 90% dos dançarinos de plantão, desde alunos, bolsistas à professores se confundem e acabam dançando um ritmo quando na realidade se está tocando música de um outro ritmo completamente distinto. Como acontece com os dançarinos de Bolero por exemplo:
Por favor, não confundam com bolero que são parte da vestimenta de uma mulher e que a deixam ainda mais bela do que já é, estou falando do ritmo, da música, da relação entre um casal bailando no salão a entreter-se, além de entreter aos que observam.
É um ritmo sofre influências de dois países: Cuba e Espanha, sendo este último o local de sua origem, ao que se conta, devido a sua data de criação que remota a 1780, pelo dançarino Sebastiano Carezo no qual a música se dá ao som de Castanholas e Violões tendo em sua característica mais marcante o compasso 3/4 em músicas lentas.
Quanto ao seu parente Cubano, este fora desenvolvido no século 19, sendo creditado a "Pepe" Sanchez em Santiago. Muitos já compuseram músicas para esse ritmo, entre eles Chopin. Atualmente, o estilo cubano é dançado na modalidade de Dança esportiva sendo regularizado pelo Conselho Mundial de Dança, com o nome de 'rumba'.
Agora, como mencionado acima, o Bolero é confundido por inúmeras vezes com um ritmo chamado Bachata:
Esse por sua vez fora originário na Republica Dominicana na década de 60 e é considerado um híbrido do Bolero, com referências a outros ritmos como o Cha-cha-cha e o Tango, além das influências musicais de outros como o Huapango e Son Cubano entre outros.
 O chamado Bolero ritmo latino-americano, nos anos 30 até aos anos 50 faziam as delicias do povo dominicano, e, com esta influência, nasceu a Bachata nos finais da década de 50, no entanto, apenas nos anos 80 teve o seu reconhecimento e foi lançada mundialmente a fim de aumentar o turismo na ilha. Com a ajuda de cantores que se popularizaram, tais como Juan Luis Guerra e Victor Victor na década de 90, e Luís Dias nos anos 80, trouxeram uma nova expressão musical. Primeira fase da Bachata – era um género de música e dança marginalizada. Apenas possível de ouvir em cabarés ou bordéis. No entanto, com a ajuda da rádio e produtora discográfica O Guarachita, empresa que faz a promoção e distribuição deste género musical e devido ao sucesso o seu consumo é feito inicialmente por grupos sociais marginais, os migrantes do interior para a cidade. No entanto, com o a queda da ditadura de Rafael Leonidas Trujillo, a “libertação” desta sub-população urbana nas cidades Dominicana torna este género musical livre. Segunda fase parece estar relacionada com o aparecimento de uma segunda geração de cantores. As vozes mais conhecidas são: Luis Segura, Mélida Rodriguez e Leonardo Paniagua, que constituem parte de uma expressão que foi popularizando a Bachata nos anos 70 e 80, usando instrumentação electrónica, fusões com outras formas de música moderna. Terceira fase aparece devido à digitalização da gravação das Bachata, a introdução de novos instrumentos, e um novo senso de poesia, o duplo sentido erótico sexo a insinuação de um imaginário, mas em busca de um dos mais belos versos poeticamente formulada com imagens literárias, mesmo apelando para o sentimento de que deu origem: a manifestação de amor e carinho, saudade e proposta vida em que a mulher é a fonte do amor e do desejo.
No fim das contas a que conclusão chegamos? Devemos deixar um ritmo por outro? Seremos capazes de distinguir uma música de outra visto que na atualidade os ritmos cada vez mais se mesclam? Particularmente falando, acho que seria interessante, procurar a respeito e até mesmo aprender sobre os outros ritmos para assim, podermos diferenciar-nos dos demais, e é claro, podermos verdadeiramente curtir uma música como ela realmente é. No mais, boas danças e fiquem com dois vídeos de cada ritmo:

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